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Colágeno para articulações: o guia completo

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Estudos mostram que a suplementação com peptídeos de colágeno tipo I e colágeno tipo II tem potencial para melhorar a qualidade de vida de quem sofre com dores nas articulações. Quando em conjunto com vitaminas e minerais, o colágeno para articulações pode auxiliar no combate à inflamação e à dor, além de atuar na reconstrução das cartilagens. Como resultado, as pessoas podem perceber uma melhora na sua mobilidade e independência.

Você sabe como as articulações se desgastam?

As articulações são formadas por cartilagem, líquido sinovial e uma cápsula articular que protege e reveste toda essa estrutura. A cartilagem presente na extremidade do osso é constituída por aproximadamente 60% de colágeno tipo II e funciona como um amortecedor que evita o contato e atrito entre os ossos. O líquido sinovial, localizado dentro da cápsula articular, atua como um lubrificante para toda essa engrenagem funcionar.

Por razões multifatoriais como inflamação crônica, fraqueza muscular, envelhecimento natural, exercícios de impacto, sobrepeso ou obesidade, nossas articulações desgastam-se podendo gerar um processo de inflamação e dor. A degeneração ou desgaste da articulação é a artrose, também chamada de osteoartrose.

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Quem deve consumir colágeno tipo II?

Com o aumento da expectativa de vida, o número de casos de artrose tem aumentado exponencialmente. Estima-se que cerca da metade da população com idade superior a 50 anos seja acometida por essa degeneração – segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 85% das pessoas com 75 anos têm evidências radiológicas de degeneração nas articulações e dessas cerca de 30% queixam-se de dores, inchaço e rigidez nas articulações, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida.

Atletas e ex-atletas

Os atletas ou pessoas muito ativas, devido à força e aos impactos suas articulações são submetidas, estão bastante suscetíveis ao desenvolvimento precoce do desgaste articular. Um estudo avaliou 700 atletas aposentados (com mais de 50 anos), e concluiu que o risco do desenvolvimento de desgaste articular é 85% maior nos atletas, quando comparados àqueles que praticavam pouco ou nenhum esporte.

Pessoas obesas e com sobrepeso

O excesso de peso (ou musculatura fraca) sobrecarrega as articulações tanto quanto as atividades físicas de alto impacto. Um estudo radiológico em mais de 5.000 mulheres com sobrepeso mostrou um aumento de 80% de chances do desenvolvimento de artrose bilateral no quadril.

Um IMC (Índice de Massa Corporal) de 30-35 kg/m2 propicia quatro vezes mais chances do desenvolvimento de artrose quando se compara a um IMC menor que 25 kg/m2. Acredita-se que cada quilo excedente é capaz de exercer uma pressão extra de 4 Kg nos joelhos. Isso significa que uma pessoa que esteja 10 Kg acima do peso pode estar aplicando uma pressão extra nos joelhos de 40Kg – e toda essa sobrecarga sobre os joelhos aumenta as chances do desenvolvimento de artrose.

Idosos

As propriedades mecânicas da cartilagem articular atingem seu pico por volta dos 30 anos de idade e passam a se deteriorar progressivamente, principalmente na região do joelho e do quadril.

Segundo médicos, praticamente toda pessoa acima de 60 anos de idade tem algum acometimento em juntas que possa ser causado pela osteoartrite. Mas isso não quer dizer que todas as pessoas terão os sintomas atribuíveis à osteoartrite.

Mas qual a grande diferença do colágeno tipo I e tipo II?

Atuação do colágeno tipo II

Estudos têm demonstrado os benefícios do uso de colágeno tipo II não desnaturado em pacientes portadores de artrose, artrite reumatoide e, até mesmo, naqueles sem diagnóstico dessas patologias, mas que sentem dor articular após realizar um treino. Os resultados mostram que esse colágeno pode reduzir a secreção de enzimas que atacam as cartilagens. Como consequência, ele auxilia na recomposição da cartilagem, além de desestimular a inflamação.

Atuação do colágeno tipo I

A suplementação de peptídeos de colágeno tipo I tem funções terapêuticas em pacientes com osteoporose e osteoartrite. A mais conhecida delas é o alívio nos sintomas de dor, porém pesquisas também apontam para um potencial aumento da densidade óssea e um efeito protetor da cartilagem articular.

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A ingestão de leite, carne, frango, peixe e alguns vegetais pode fornecer os aminoácidos diretamente ligados à síntese do colágeno tipo I. Porém, para casos mais agudos, pode ser recomendada a suplementação com colágeno para articulações.

Absorção do colágeno para articulações

Historicamente, sempre houve dificuldade em suplementar, o colágeno por via oral. Pesquisas mostravam que a efetiva absorção dessa proteína era mínima, não ajudando a repor a substância. Com o processo de quebra do colágeno – hidrólise – em cadeias menores, conseguiu-se uma melhoria na absorção. Mas o resultado final ainda era abaixo do esperado.

Posteriormente, descobriu-se que a adição de enzimas era capaz de quebrar as cadeias do colágeno já hidrolisado em partículas ainda menores, chamadas peptídeos, facilitando ainda mais sua absorção pelo organismo. Essa melhoria foi percebida em pesquisas, que apontam mais de 90% de absorção dos peptídeos de colágeno, no período de 6 horas após a ingestão.

Outros fatores para a saúde das articulações:

Estamos vendo que o desgaste e as doenças articulares podem ser minimizados com a incorporação de colágeno, mas também é importante que exista o equilíbrio de alguns nutrientes no organismo.

As vitaminas e minerais são indispensáveis para o corpo manter-se em plena atividade, realizando diversas reações químicas por todo o organismo, como a constante reconstrução do colágeno desgastado.

A alimentação pode não ser suficiente para fornecer a quantidade ideal de nutrientes que nosso organismo precisa. Por isso, uma forma de ajudar a regeneração do colágeno é fornecer seus precursores por meio de suplementação, para que o organismo produza o que foi desgastado.

Vitamina C

O ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, é o principal cofator na transformação dos aminoácidos prolina e lisina em hidroxiprolina e hidroxilisina. Sem essa etapa não há formação de colágeno em nosso corpo. E isso faz da vitamina C uma molécula vital para a saúde dos tecidos conectivos.

Vitamina D3

Acredita-se que a vitamina D3, além de auxiliar na fixação do cálcio do tecido ósseo, possa também auxiliar na regeneração da cartilagem destruída, inibindo a progressão da artrose. Para a artrite reumatoide, uma pesquisa recente indica que o uso combinado de vitamina D3 com peptídeos de colágeno diminui a produção de substâncias pró-inflamatórias.

Vitamina K

Bastante promissora no tratamento de artrose, a vitamina K tem sua ação no tecido ósseo já bastante estudada devido à atuação na mineralização óssea, prevenindo a osteoporose. Nas articulações, a vitamina K pode auxiliar através de seu potencial anti-inflamatório.

Manganês

Também indispensável para a formação do colágeno das articulações, o manganês é indiretamente responsável pela ativação das células da cartilagem (condrócitos), além de atuar no metabolismo ósseo.

Zinco

Sua presença é indispensável para a formação óssea e síntese de colágeno. A suplementação com zinco resulta em maior síntese de massa óssea e colágeno.

Outras funções do colágeno

A importância da suplementação com colágeno para as articulações é um assunto relativamente novo. Tradicionalmente, ele é mais conhecido devido aos benefícios que proporciona para a saúde da pele, tais como a hidratação e melhora da elasticidade, ajudando a prevenir o envelhecimento cutâneo.

Além dos benefícios para as articulações e a pele, há também estudos ligando o colágeno a um controle do ganho de peso na menopausa.

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